Uma discussão dentro de uma agência bancária do Bradesco, no Centro de São Bernardo, terminou com um morto por volta das 10h20 desta segunda-feira. Segundo a Polícia Militar, Sandro Antônio Cordol, 33 anos, chegou na agência, localizada na Rua Marechal Deodoro, n° 1322, acompanhado por outros dois homens para tirar satisfação com o vigia Jonata Pereira Lima. Os dois teriam se desentendido na semana passada, quando Sandro tentou entrar no local fora do horário de funcionamento. Durante a discussão, o
cliente teria dito que faria uma funcionária refém e ao simular que estava com uma arma, Jonata reagiu, atingido-o com pelo menos cinco tiros. Sandro foi baleado
no peito e nas costas, não resistiu aos ferimentos e morreu no local. Segundo o delegado titular Victor Vasconcelos Lutti, ele não estava armado. Por este motivo, ele acredita que Sandro usaria a pessoa apenas como escudo e não como refém. O segurança e os dois homens que estavam com a vítima foram levados para prestar depoimento no 1° DP
(Distrito Policial) do município, onde o caso será registrado. Outras seis testemunhas também deverão ser ouvidas. A polícia ainda aguarda as imagens do circuito interno que teriam registrado toda a movimentação. Em nota, o banco lamentou o ocorrido e informou que o segurança era de uma empresa terceirizada. "O
Bradesco lamenta profundamente a perda e presta total solidariedade aos familiares", diz o texto. Duas horas após o crime,
o trânsito ainda permanecia caótico nas imediações da Marechal Deodoro. A polícia bloqueou o trecho em frente à agência, o que dificultava ainda mais a
circulação.
Não me canso de falar aos meus alunos que tenham cuidado ao abordar clientes, nunca sabemos com quem estamos lidando. Pelos relatos que ouvi no jornal e agora li aqui nesta reportagem, fica claro que tudo começou num desentendimento porque o cliente ficou preso na porta giratória na sexta feira e retornou para "tirar a limpo" o ocorrido. Tudo isso poderia ter sido evitado se houvesse gentileza principalmente por parte do profissional, que tem em sua formação, orientação a respeito, inclusive é exigência da Polícia Federal, através da Portaria 387/06 em seu artigo 118 Inciso I que é dever do vigilante "Exercer suas atividades com urbanidade.."
O melhor a ser feito pelo profissional, é ser gentil, independente da situação. A gentileza e a educação evitam discussões que levam à situações de risco para ambos. Neste caso, muito provável não houve bom senso de nenhum lado, mas cabe ao vigilante agir corretamente já que tem "oficialmente" a informação.
E além disso, é preciso agir com empatia, ou seja, se colocar no lugar do outro. Muitas vezes a pessoa que chega ao banco já teve um dia estressado ou está passando por uma problema difícil, o que é nítido neste caso.
Agora pergunto: Já que não temos como saber do que cada um é capaz, pra que provocar mais? Pra que aumentar riscos contra própria vida ou a de terceiros? O que custa ser gentil e educado?
Um outro ponto a salientar nesta ocorrência é a falta de treinamento dos profissionais. Estão técnica e psicologicamente despreparados, isso tendo em vista que a formação se dá em 16 dias, com requisitos mínimos para o acesso. E vou além disso, as empresas só fazem o que prevê a legislação, não investem nada além da reciclagem e ainda, porque são obrigadas. A supervisão é inadequada qualitativa e quantitativamente, não há acompanhamento psicológico para os funcionários que apresentam problemas e nem tampouco treinamento. Percebo em muitos profissionais, a ausência de perfil para a função e mesmo assim são aceitos pelos cursos e contratados pelas empresas, já em sala de aula manifestam comportamento mais agressivo e alguns instrutores ainda estimulam isso em diversas escolas de formação.
Neste fato específico, percebi que o vigilante sabia atirar, o que faltou foi preparo psicológico, tanto na sexta como na segunda feira. A orientação que deve ser dada na formação é que somente utilize a arma em caso de risco à vida do vigilante ou de terceiros e que seja apenas para mobilizar, quando outros recursos não adiantaram, mas infelizmente este profissional excedeu, pois mesmo com a vítima já ferida ele ainda disparou mais 3 vezes e o que piorou a sua situação, nas costas e, sabemos que de costas, a pessoa não representa perigo. Perdeu completamente a razão e vai responder por homicídio doloso, ou seja, quando há intenção de matar.
Enquanto os profissionais não se atentarem para seu comportamento e focar no bom relacionamento e as empresas não investirem em treinamento e acompanhamento, vamos aumentando as estatísticas negativas da segurança privada e bancária.
Um outro ponto a salientar nesta ocorrência é a falta de treinamento dos profissionais. Estão técnica e psicologicamente despreparados, isso tendo em vista que a formação se dá em 16 dias, com requisitos mínimos para o acesso. E vou além disso, as empresas só fazem o que prevê a legislação, não investem nada além da reciclagem e ainda, porque são obrigadas. A supervisão é inadequada qualitativa e quantitativamente, não há acompanhamento psicológico para os funcionários que apresentam problemas e nem tampouco treinamento. Percebo em muitos profissionais, a ausência de perfil para a função e mesmo assim são aceitos pelos cursos e contratados pelas empresas, já em sala de aula manifestam comportamento mais agressivo e alguns instrutores ainda estimulam isso em diversas escolas de formação.
Neste fato específico, percebi que o vigilante sabia atirar, o que faltou foi preparo psicológico, tanto na sexta como na segunda feira. A orientação que deve ser dada na formação é que somente utilize a arma em caso de risco à vida do vigilante ou de terceiros e que seja apenas para mobilizar, quando outros recursos não adiantaram, mas infelizmente este profissional excedeu, pois mesmo com a vítima já ferida ele ainda disparou mais 3 vezes e o que piorou a sua situação, nas costas e, sabemos que de costas, a pessoa não representa perigo. Perdeu completamente a razão e vai responder por homicídio doloso, ou seja, quando há intenção de matar.
Enquanto os profissionais não se atentarem para seu comportamento e focar no bom relacionamento e as empresas não investirem em treinamento e acompanhamento, vamos aumentando as estatísticas negativas da segurança privada e bancária.
Perdem com isso, os bancos e as empresas de segurança, que têm suas imagens afetadas e os processos que enfrentarão, o vigilante com sua liberdade e o pior, o cliente com a sua vida!
As empresas devem treinar os seus colaboradores, ter uma boa politica de gestão, manter os seus colaboradores motivados e atentos nas suas boas maneiras diárias,saber lidar com os seus clientes internos, relata as ocorrências diárias a supervisão para as devidas apurações e orientações.
ResponderExcluirVocê escreveu.... "Exercer suas atividades com urbanidade.." infelizmente tem vigilante que não sabem nem o que significa isso, o que é pior algumas empresas não estão preocupado com isso, e sim com os lucros.